Descrição
Uma obra de fôlego, de desenvolvimento maduro, promenorizado, corajoso, crítico e audaz. Talvez a apresentação da obra pudesse terminar assim de pronto, pois não se consegue ter um alcance maior que as palavras acima, pois certas obras são contundentes, marcam os pontos e caminho que devem ser trilhados sem que haja a necessidade de esmiuçarem-se boas letras, que no caso são tão bem trabalhadas, que dispensam os explicativos iniciais. Pode ser dito, com a certeza do leitor impressionado com a obra, que essa será daquelas obras que galgarão vida própria; seja pelo relato histórico da evolução dos institutos que trata, com suas curiosidades, com o peso da imigração italiana na decisões do STF sobre os conviventes, e as posições pretorianas sobre as partilhas de sociedade, no afã de corrigir-se e proteger-se os frutos da união de pessoas em uma vida inteira. Mas, ainda que se não bastasse isso, a jovem pesquisadora, foi além. Apresenta-nos dados e ferramentas de matemática financeira para estabelecer quinhões e delimitar direitos, gráficos para tornar clara a partilha que se tem em frases longas e perdidas em matrículas anotadas, muitas vezes com o mesmo dizer rezado em terço das Ordenações do Reino. Por fim, desafia a obra a lógica das que esgotam temas – e esta o fez sem dúvida – para apontar imperfeições, e expor a inconstitucionalidade de normas que se de um lado reconhece o direito, o emascula, e vai mais ainda, avança para adiante da taprobana doutrinária, e aponta soluções simples e diretas (da Apresentação).
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